O município de Colatina, teve sua setorização de risco geológico atualizada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). O trabalho de campo foi realizado a pedido da Defesa Civil Nacional, revelou um dado preocupante: além das 46 áreas de risco já identificadas em 2019, os técnicos localizaram 13 novas zonas com sinais de instabilidade ou histórico de ocorrências geológicas.
As novas áreas serão incluídas na base oficial de risco do município. A reavaliação foi motivada, entre outros fatores, pela recente expansão urbana e pelas alterações na dinâmica fluvial do Rio Doce.
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Mais 13 áreas de risco são detectadas em Colatina/GV
“A atividade não se limitou a revisar os pontos já conhecidos. Nosso objetivo também foi identificar novas ameaças, principalmente em locais com ocupação irregular em encostas ou próximos a margens de rios com histórico de enchentes”, explicou o pesquisador em Geociências Marlon Hoelzel, que coordenou o trabalho ao lado do também pesquisador Giovani Parisi.
Durante as vistorias, os especialistas percorreram bairros como São Vicente, Vila Lenira e Bela Vista. Nesses locais, foram observadas situações de risco como construções em áreas de declive acentuado, alagamentos frequentes e erosão provocada por ravinas que avançam sobre vias públicas e imóveis.
Segundo os dados mais recentes, os setores classificados como de alto e muito alto risco geológico em Colatina abrigam cerca de 34.500 pessoas e mais de 8.600 edificações. A atualização do mapeamento é considerada essencial para embasar ações de prevenção, como obras de contenção de encostas, remoção de moradores em áreas críticas e implementação de sistemas de alerta.
“A atuação preventiva da Defesa Civil depende diretamente da qualidade das informações técnicas disponíveis. Esse tipo de mapeamento é fundamental para orientar o planejamento urbano, a alocação de recursos e garantir a segurança da população”, destacou Hoelzel.
A entrega final do relatório atualizado está prevista para o fim de junho. O material consolidado servirá de base para decisões de órgãos municipais, estaduais e federais na formulação de políticas públicas voltadas à redução de riscos e proteção das comunidades vulneráveis.