Quadrilha que furtava cooperativa com agências em Colatina, Linhares e em várias cidades do Norte/Noroeste do ES é desarticulada

Grupo desligava energia das agências para burlar sistema de segurança e já causou prejuízos de mais de R$ 2 milhões em quatro estados; cinco suspeitos foram presos

Uma quadrilha especializada em furtos a instituições financeiras com atuação em diversos estados do país foi desarticulada pela Polícia Civil do Espírito Santo. A operação, batizada de Serra Sede, levou à prisão de cinco integrantes do grupo no último dia 15 de maio, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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Os criminosos vinham agindo de forma sofisticada e altamente organizada. O principal alvo eram agências do Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil). O grupo desligava a energia elétrica das unidades bancárias durante fins de semana ou feriados, desativando os sistemas de videomonitoramento e dificultando qualquer ação imediata das forças de segurança.

Segundo o delegado Gabriel Monteiro, titular do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), o grupo atuava com planejamento detalhado. “O chefe da organização vinha ao local, organizava todas as viagens, hospedagens e estudava a rotina do estabelecimento por três a quatro dias antes da ação. Eles são especialistas em cortar o padrão de energia da instituição financeira”, afirmou.

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Em fevereiro deste ano, a quadrilha invadiu uma agência no Centro da Serra, na Grande Vitória, e levou aproximadamente R$ 500 mil.

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Quem são os presos

Os cinco integrantes da quadrilha foram presos em ações simultâneas nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. São eles:

  • Ricardo Moreira Gomes – apontado como o chefe da organização e responsável pela logística;
  • Paulo Cezar Teotônio da Silva – especialista em arrombamentos;
  • Leonardo Costa de Souza – executor operacional;
  • Maikon Ferraz Gonçalves – executor operacional;
  • Rondinelli Batista Antônio – responsável por monitorar a movimentação da polícia e da segurança privada.

A quadrilha usava carros alugados, o que dificultava o rastreamento das ações. Segundo a investigação, os criminosos tinham divisão clara de tarefas e já são responsáveis por ao menos sete furtos consumados no Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, com prejuízo estimado em mais de R$ 2 milhões.

As investigações revelaram ainda que o dinheiro furtado era lavado com o auxílio da mãe de Ricardo, líder do grupo. A mulher, que não teve a identidade revelada, é investigada por envolvimento direto na ocultação dos valores por meio da compra de automóveis e uso de contas bancárias de terceiros. O celular dela foi apreendido, e ela será investigada por lavagem de dinheiro.

Os presos irão responder por furto qualificado, organização criminosa e, posteriormente, lavagem de dinheiro. A Polícia Civil segue cruzando dados com outras forças de segurança estaduais e não descarta novas prisões nos próximos dias.

Nota do Sicoob

O Sicoob Espírito Santo informou que “colaborou com a atuação da Polícia Civil do Espírito Santo durante todo o processo de investigação da operação que envolveu algumas de suas agências”. A cooperativa também parabenizou “o rigoroso trabalho da polícia que, atrelado aos equipamentos de segurança e análises internas feitas pela equipe da instituição, evitou prejuízos tanto aos cooperados quanto à própria cooperativa”.

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