Faleceu na tarde desta segunda-feira (26) a segunda vítima da explosão ocorrida na última quarta-feira (21), em uma fábrica de fertilizantes na localidade de Paulista, em São Mateus, no Norte do Espírito Santo. Kauã Félix da Rocha, de 19 anos, estava internado no Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra, referência no atendimento de vítimas de queimaduras. A morte foi confirmada por volta das 14h por familiares do jovem.
A informação foi reada por Beatriz Félix, prima de Kauã. Segundo ela, o corpo ainda estava em processo de liberação na tarde desta segunda-feira e a família não havia definido os locais de velório e sepultamento. A expectativa é de que o corpo seja encaminhado para São Mateus, onde o jovem morava com a esposa, Pâmela. Eles estavam casados há apenas dois meses. Kauã não tinha filhos.
Beatriz relatou que a família está profundamente abalada com a tragédia.
“Está sendo muito difícil para todos nós. É uma dor que não dá para descrever”, lamentou.
Primeira vítima teve o corpo dilacerado
A primeira vítima fatal do acidente foi Lorran Marques da Conceição, também de 19 anos. Ele morreu no local da explosão, ocorrida na manhã de quarta-feira, tendo o corpo dilacerado devido à força do impacto, segundo informações do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.
A família de Lorran ainda aguarda a liberação dos restos mortais. De acordo com a tia da vítima, Isaura Marques, os exames de DNA conduzidos pela perícia da Polícia Civil devem demorar entre 20 a 30 dias para serem concluídos.
“Ainda nem encontraram tudo. Estamos vivendo uma angústia terrível. Não temos nem o direito de velar nosso menino por completo”, desabafou.
Licença ambiental suspensa
Em resposta ao acidente, a Prefeitura de São Mateus divulgou nota informando que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente suspendeu a licença de funcionamento da empresa responsável pela fábrica. A suspensão, segundo a pasta, será mantida por até 30 dias ou até que as investigações dos órgãos competentes apresentem um resultado conclusivo.
As causas da explosão ainda estão sendo apuradas. O local ou por perícia, e o caso segue sob investigação da Polícia Civil, Ministério Público e órgãos ambientais.