Espírito Santo tem mais de 51 mil pessoas com autismo, aponta Censo

O Espírito Santo possui 268,8 mil pessoas com algum tipo de deficiência e mais de 51 mil pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os dados fazem parte da amostra preliminar do Censo Demográfico 2022, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela primeira vez, o levantamento incluiu dados específicos sobre o autismo.

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As pessoas com deficiência representam 7,2% da população capixaba. Dentre os principais comprometimentos apontados, estão limitações para enxergar (3,9%), locomoção (2,7%), habilidade motora fina (1,4%) e audição (1,2%). A maior parte das pessoas com deficiência são mulheres (7,9%), enquanto os homens representam 6,4% desse grupo.

O Censo revela ainda um retrato da desigualdade racial: indígenas são os mais afetados proporcionalmente, com 11,4% de sua população apresentando algum tipo de deficiência, seguidos por pretos (8,1%) e brancos (7,2%). Pardos e amarelos registraram percentuais de 6,9%.

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Autismo: Espírito Santo entre os maiores percentuais do Brasil

No que diz respeito ao autismo, o Espírito Santo aparece com 1,3% da população diagnosticada com TEA, o que coloca o Estado entre os maiores percentuais do país, ao lado de Rondônia e Rio de Janeiro. Ao todo, 51.328 pessoas foram identificadas com o transtorno.

A maioria dos diagnósticos ocorre entre homens: são 31,7 mil homens contra 19,7 mil mulheres. Racialmente, os diagnósticos se concentram entre pardos (26.859), brancos (19.050) e pretos (5.195). Já entre indígenas e amarelos, os números foram 21 e 13, respectivamente.

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O TEA é mais prevalente entre crianças e adolescentes. Entre os 5 a 9 anos, o percentual chega a 3,4%, enquanto na faixa de 0 a 4 anos é de 2,2%. Entre 10 a 14 anos, o índice é de 2,4%. Juntas, essas faixas etárias somam quase 20 mil crianças e adolescentes autistas no Espírito Santo.

O levantamento do IBGE também revelou um quadro preocupante no o à educação entre os dois grupos. Entre as pessoas com deficiência, 64% não têm instrução ou não completaram o ensino fundamental. No caso das pessoas com autismo, 46,3% estão nessa mesma condição, número superior à média geral da população capixaba (35%).

Nos níveis mais avançados de escolaridade, a diferença também é notável. Apenas 7,13% das pessoas com deficiência têm ensino superior completo, enquanto entre os autistas esse percentual cai ainda mais.

O Censo apontou também que 44,2 mil domicílios permanentes no Espírito Santo abrigam ao menos uma pessoa diagnosticada com autismo, o que corresponde a 3,1% das residências ocupadas no Estado.

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