O Espírito Santo, maior produtor de café conilon do Brasil, realizou nesta quarta-feira (14), no município de Jaguaré, a cerimônia oficial de abertura da colheita 2025. O evento reuniu autoridades, produtores e representantes do setor agropecuário para marcar o início de uma safra que promete bater recordes.
De acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média das lavouras capixabas deve atingir 50,7 sacas por hectare este ano — um crescimento de 35,5% em relação à safra anterior, que foi de 37,4 sacas por hectare. A produção total esperada ultraa 13 milhões de sacas de 60 quilos beneficiadas, número que representa um aumento de 33,1% frente às quase 10 milhões de sacas colhidas em 2024. Com isso, o Estado poderá superar a maior safra da história, registrada em 2022, com 12,4 milhões de sacas.
Durante o evento, o governador em exercício, Ricardo Ferraço, destacou a força do setor cafeeiro para a economia capixaba.
“É um momento de valorização dessa riqueza extraordinária que gera renda e oportunidades para o nosso povo. O Espírito Santo é uma potência internacional graças ao esforço de produtores, pesquisadores, cooperativas, políticas públicas e muito empreendedorismo. É muito café, e café de qualidade”, afirmou.
Além da liderança na produção, o Espírito Santo também se destaca na exportação do grão. Segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), o Estado foi responsável por 76% das exportações nacionais de café conilon em 2024, com 7 milhões de sacas exportadas. Também foram exportadas 571,4 mil sacas de café solúvel no mesmo período. Só no primeiro trimestre de 2025, as exportações já somam 432,5 mil sacas de conilon e 109 mil sacas de solúvel.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, os números refletem uma política agrícola consistente.
“O Espírito Santo é líder absoluto na produção de café conilon no País. Esse protagonismo é fruto de investimentos em pesquisa, inovação e assistência técnica, aliados ao diálogo constante com os produtores e à busca por mais qualidade, sustentabilidade e competitividade”, afirmou.
Com mais de 258 mil hectares cultivados, o café conilon é símbolo da economia, cultura e identidade capixaba, e segue como motor de desenvolvimento do agronegócio estadual.
